sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Eu sou suburbano

O meu Rio de Janeiro não tem muito glamour não. Não tem praia perto, não tem calçadão nem ciclovia para dar pinta e muito menos vista para o Pão-de-Açúcar. Na verdade, o Cristo está literalmente de costas para o meu Rio de Janeiro.

O meu Rio de Janeiro ficava longe, bem longe da linha 1 do metrô (aliás, metrô com ar condicionado funcional é um conceito desconhecido por aquelas bandas). O meu Rio de Janeiro ficava longe, muito longe e se chega de trem – de preferência com um pacote de Torcida e uma lata de Skol na mão para “ajudar o tempo a passar”. Leblon? Gávea? São Conrado? - com certeza Acre e Marte ficam mais perto.

O meu Rio de Janeiro era o de tomar banho de mangueira na rua (falta de pudor rules, néam?), ralar joelho andando de carrinho de rolimã e pular o quintal do muro do vizinho para pegar manga. Playground? Get a life, playboy!: nada como uma tarde de sábado inteira jogando bandeirinha com todas as crianças da tri-state area e chegar em casa praticamente afro-americano, bater aquele pratão de bife, arroz, feijão e batata-frita e cair na cama. O meu Rio de Janeiro era o do dia mais esperado do ano ser 27 de Setembro, dia de São Cosme e São Damião, quando a gente acordava mais cedo do que nunca e já pelas 8h tava na rua com sacolas plásticas gigantes (Casa&Video!) checando onde já estavam distribuindo doces, e no final do dia a gente chegava em casa, despejava toneladas de marias-moles, pes-de-moleque e gamadinhos em bacias gigantes e ficava a semana inteira comendo aqui (#1: Cara, imagina pegar doce em dia de São Cosme e São Damião com twitter?! #2: Depois de um tempo, sempre a maria-mole ficava com gosto de doce de abóbora, que ficava com gosto de cocada, que ficava com gosto de bananada...). O meu Rio de Janeiro era o que a gente sabia quando o Carnaval estava chegando não pelo fluxo de turistas gringos nem pelos ensaios do Monobloco, mas pelas hordas de bate-bolas que invadiam as ruas (os mais capitalizados com fantasias lindas e coloridissimas, os mais “financeiramente desfavorecidos” colando tiras de jornal ou sacos plásticos em calças e camisas, criando um efeito plástico ainda sim fantástico).

O meu Rio de Janeiro era o de que o máximo da elegância era ir a Barra da Tijuca (!) e fazer compras no Barra Shopping (!!) . Aliás, o meu Rio de Janeiro era o de onde na época do Natal toda família ía sempre ver aquele maldito Castelo da Cinderela! :D O meu Rio de Janeiro era o de lugar de comprar roupa “social” era na “A Impecável Roupas” (onde eles seguramente não tinham calças skinny!). O meu Rio de Janeiro era o das Óticas do Povo (Morou? :D) e da maldita “Linha Jovem” que assombrou metade das crianças que tinham que usar oculos nos anos 90. O meu Rio de Janeiro era o do máximo da excitação era a Madureira fazer compras de material escolar para o ano escolar que se aproximava (lembram de um estojo escolar meio multiretratil que era tipo um tijolinho fino, com uns botoes que voce apertava e ploft! saia o apontador, a parte de colocar os lapis e canetas, e nos mais sofisticados ate um mini- termômetro?!). O meu Rio de Janeiro era o de qualquer pesquisa escolar, maldito trabalho de artes ou qualquer coisa ligada a papel e impressao sempre dava pra resolver na Silbene (e que no verão ainda tinha uma raspadinha de groselha e um sorvete de casquinha MARA!).

Falando em comidas, o meu Rio de Janeiro era o do melhor caldo-de-cana e pastel de queijo (na verdade, somente um teaser de queijo, neam?) sempre se encontrava na estação de trem mais proxima. O meu Rio de Janeiro era o que me acostumou com grandes custos-beneficios alimentencios, e que ate hoje me gera um quê de revolta na hora em que eu paro em algumas lanchonetes mais phynos do eixo Copa-Leblon e vejo aqueles salgados tao pequenos, tao caros! O meu Rio de Janeiro era o do Angu a Baiana vendido na barraquinha da pracinha, cuscus (que no Rio é branco e tem côco) sendo vendido pelo invariavel velhinho que vinha apertando uma buzina e dos cachorro-quentes e X-Tudão que vinham com absolutamente tudo o que possa ser pensado. O meu Rio de Janeiro era o das “festinhas de aniversário” fodásticas e de chamar a rua inteira (porque classe C gosta de compartilhar com a galera e muita fatura, honey! :D), as mais chiques e importantes sempre servindo estrogonofe de frango com batata-palha em pratinhos de plástico. O meu Rio de Janeiro era o de onde as tias empurravam mais um prato porque elas sabiam que voce tinha gostado e estava com vergonha de pedir. O meu Rio de Janeiro era o dos cajuzinhos... :)

Talvez a maioria dos leitores desse post não entenda muito bem o Rio que eu acabei de descrever acima. Como eu falei, ele fica longe, bem longe de Ipanema, Copacabana e qualquer lugar da Zona Sul. “A Grande Familia” tenta imitar, mas sempre soa meio fake e clichê como se todo paulistano trabalhasse no mercado financeiro e morasse na Paulista ou todo catarinense fosse invariavelmente gostoso-e-surfista. Esse Rio fica longe, coisa de mais de uma hora de viagem do Centro, realmente na PUTA-QUE-PARIU. Bem, eu falei que era o meu Rio, não é? :)

Depois de 24 anos como morador da Campo Grande (entremeados por alguns periodos morando perto da faculdade na Zona Sul e claro, pelo louco ano na Europa), finalmente chegou a hora de olhar para aquilo tudo e dizer simplesmente “Adeus”. A casa onde eu cresci a vida inteira foi vendida, minha mãe partiu para a Costa Verde em busca de um pouco mais de qualidade de vida e eu acabei voltando para a Zona Sul. Se disesse que não queria que isso tivesse acontecido estaria mentido pra caralho: thanks god, no more viagens de mais de uma hora para ir ou voltar, vizinhos escutando funk nas alturas e ter que me deslocar mais de 20km para encontrar livraria/café decente/cinema passado um não-blockbuster.

Mas foi estranho olhar para a minha casa, olhar para aquele bairro e perceber que eu não posso falar mais que “moro” em Campo Grande. Por que? Não consigo explicar. Da mesma forma que não consigo explicar porque quando estava em um parque em Estocolmo, um pouco mais de um ano atras, sentado com suecos lindos-loiros-elegantes-e-desenvolvidos (juro gente, o cabelo deles brilhava ao sol. Muito odio, muita inveja!), só conseguia lembrar dos pagodões na laje promovidos por alguns vizinhos (e por alguns membros da minha familia SIM, tenho que confessar!). Da mesma forma que quando passeava pelas vitrines das elegantes lojas de ternos bespoke da Savile Row lembrava da “A Impecável Roupas”. Da mesma forma que quando comecei a vislumbrar a Torre Eiffel da Quai d’Orsay eu cafona-e-ridiculamente chorei, porque lembrei das longas viagens de onibus em que eu passei estudando frances ou lendo revistas de viagem e imaginado como seria conhecer outros paises e outras culturas, enquanto olhava pela janela e via a realidade que era tao banal e comum para mim.

Acho que no fundo aquela historia de “Voce pode tirar o cara do subúrbio, mas não pode tirar o subúrbio do cara” pode ser verdade.

E de boa? Que bom que seja assim. :)

18 comentários:

Lucas disse...

Ohhhhhhhhhm que post bonitinho! Hhhahahahah! Enquanto terminava o texto, antes de ler a peúltima linha, estava já pensando no que comentar e ia falar "Você pode sair de Campo Grande, mas campo Grande nunca vai sair de você". ;P

carla_curty disse...

Fofo o texto, fernandito!!!

Você já tinha comentado sobre esta sensação (que confesso, abriga lembranças e vivências que eu nunca tive...backgrounds bem diferentes - já que cresci nas montanhas verdejantes da serra com fondue, hehe, + férias sempre na zona sul ou na costa verde)... mas ler com esta sutiliza e delicadeza (saudosista na medida certa e talvez, um pouco romantizada) foi bem mais interessante e escrerecedor!

É isso ai... você não pode tirar o subúrbio de você, mas pode ir agregando as diversas experiências (os diversos encontros, as diversas moradias, os variados locais, as variadas pessoas ...) a sua formação, e assim, cumulativamente construindo a sua personalidade e as suas memórias!

Beijos

Daniel Cassus disse...

KARAKA MULEKE!!!! (gíria de pré-adolescente do subúrbio, né?) Super me identifiquei com 99% de tudo!!! Até do loosho e gramú de ir na Barra e de fazer compras de material escolar em Madureira, da época em que carnaval era sinônimo de bate-bola e não de gente bêbada vestida de mulher em mega-bloco do centro/zona sul, dos docinhos e salgadinhos, das festas na laje (o lado paterno da família ainda tem essas coisas lá em Piedade) e sim, meu avô viveu os últimos 10 anos da vida dele em Bangu. Trocou a Piedade por Vila Kennedy voluntariamente e sem nenhuma necessidade financeira. Só queria se afastar mais do centro e morar num lugar mais tranquilo. E lá íamos nós para Bangu visitá-lo.

Só não compartilhei a parte do trem, mesmo morando numa rua que começa em frente a uma estação. :P só andei de trem uma vez na vida. Bom, duas, teve a ida e a volta.

Acho que muita gente vai se identificar. Ninguém nasce fino e rico. Até tem, mas os ricos de berço não ficam esfregando isso na cara dos outros ou tirando vantagem. Isso é coisa de gente deslumbrada e emergente. Fino mesmo é ter orgulho das raízes honestas.

Mas e aí? Quando é o open house? O méier tá convidado?

Thiago Lasco disse...

Fofo, sensível, gostei também! Eu não me identifiquei absolutamente nada com o seu Rio de Janeiro (prefiro o meu, sorry, mwahaha), mas sim totalmente com o seu momento de chegar ao fim de um grande ciclo e, às vésperas de uma grande mudança, olhar pra trás e refazer a trajetória com uma certa nostalgia. Tenho certeza de que quando eu atravessar a porta do escritório pela última vez, daqui a uns poucos meses, vai me dar vontade de escrever um post parecido.

tommie disse...

Imagino um texto ao contrário, alguém saindo da zona sul e indo pra zona norte e declarando que se pode tirar alguém da zona sul mas nunca tirar a zona sul de alguém, iam acabar chamando o cara de elitista. Enfim, sou tijucano migrado pra barra e não vejo glamour algum aqui, isso é coisa de lançamento imobiliário. Para um tijucano há 20 anos atrás, a única coisa boa aqui era ter praia.

Alexandre Lucas disse...

Também sou urbano 100%

Gui disse...

KARAKA MULEKE!!!! (gíria de pré-adolescente do subúrbio, né?) Super me identifiquei com 99% de tudo!!! Até do loosho e gramú de ir na Barra e de fazer compras de material escolar em Madureira, da época em que carnaval era sinônimo de bate-bola e não de gente bêbada vestida de mulher em mega-bloco do centro/zona sul, dos docinhos e salgadinhos, das festas na laje. [2]

Vai ver porque eu morava perto (?) de Campo Grande - Jacarepaguá - eu sei exatamente como isso. Tirando a parte do trem, que acho que nunca vai chegar por aqui.

Boa sorte nessa nova etapa :)

dudufs disse...

"Super me identifiquei com 99% de tudo", só que transpondo pra minha cidadezinha do interior do SE.

E dizer o que? Boa sorte na nova etapa =)

beto disse...

olha só... tirando a parte geográfica, muito do que vc descreveu existiu sim no "outro" rio de janeiro, só que desapareceu antes.
se entrar no túnel do tempo e olhar a infância de quem tem mais de 40 anos e cresceu na ZS (eu...), vai encontrar vários pontos em comum. mas eu sei que fiz parte da última geração ZS carioca que brincou na rua e pelo menos metade das crianças ainda frequentavam escolas públicas. foi a ZS antes da verticalização total de Ipa/Leblon/Gávea. Mas em algum momento todos os pais dos meus amigos venderam as casas (e se mudaram pra Tijuca, pois os novos prédios na ZS já eram muito mais caros) e esse estilo de vida meio parecido com o que vc descreveu se foi de vez da ZS. Eu tenho uma certa pena de meus sobrinhos, já cresceram na bolha playground-creche-escola particular-nunca andar de transporte público. Pode parecer mais confortável, mas eu desconfio que seja tão limitante como experiência de vida quanto o estilo adotado pelos chamados emergentes da Barra.
e vou ligar o chutômetro econômico: será que esse rápido surgimento de estilos de vida tão distintos no RJ tem a ver com o crescimento econômico do brasil nos anos 70, que concentrou muito a renda, coisa que foi piorada no RJ pelo esvaziamento econômico do estado no período?

Bright YounGAY Things disse...

Você nunca vai chegar em um "lugar", se não souber de onde veio.

Não sei onde fica Campo Grande, mas deu pra entender o "que bom que seja assim".

Você merece o mundo aos seus pés rapaz.

Diego Rebouças disse...

Ah! mas a casa era uma referência afetiva. E tudo o que é referência é extremamente importante.

Eu passo uns dias fora e quando volto você até se mudou! Sorte na nova casa!

Nícholas Vasconcelos disse...

Lindo post! No meio de um batalhão de gente que nega o passado simples - e as maravilhas que ele tem - ver alguem dizendo que se identifica mais com ele do que com o padrãozão de felicidade de nova classe média é incrivel.

Me identifiquei muito com o texto, só que no meu caso tem a infância no interior de MS e a periferia da cidade que tem o mesmo nome que o seu ex-bairro.

Red disse...

Lindo seu post! Sou paulistano do Tatuapé (deve ser o equivalente ao suburbio do Rio) então até rolou uma empatia.

Felicidades no seu novo bairro :D

Lolla disse...

Apesar de ter vindo da Baixada Fluminense, acho que os "Rios periféricos" têm um bocado em comum, cada um com as suas particularidades regionais, mas em essência a mesma simplicidade, espírito de comunidade e lembranças talvez mais, erm, "orgânicas" do que aquelas que tiveram os que passaram a infância divididos entre o binômio praia na esquina de casa - viagens à Disney. Tive acesso à "infância phyna" via proxy (primos ricos), mas o fato é que na comparação me sinto privilegiada.

Odeio auto-plugação nos comentários dos outros, mas esse seu post me lembrou bastante esse aqui: http://www.hellololla.com/2010/08/at-home.html

Beijos, adoro o blog!

Fernando disse...

@Lucas: Big Field forever, honey. Não tem como negar. :D

@Carla: A idéia do post foi mesmo passar uma impressão pessoal da minha vida no Far West. Engraçado como pessoas com histórias de vida tão diferentes se cruzam em algum momento de vida, e... a partir daí começam a fazer uma da vida da outra. Louco demais..

@Daniel: E queridón,desde quando estudante universtário fudido tem grana pra alugar apto sozinho?! Tô no esquema “Senhora procura moços de fino trato” (sendo que no caso, é um senhor muito louco) por esse mês, enquanto procuro algo mais aceitável, mais financeiramente friendly ao meu bolso e menos weirdo. Enfim, quando assentar num lugar mais digno, darei sinais de vida.

@Introspective: Mentiroso, porque eu tenho certeza que nos seus sonhos eróticos você tem é vontade de pegar um trem no horário do rush pra Madureira e ficar no vuco-vuco com aqueles cafuçus auxiliares de escritório.

@Tommie: Porque pessoas da Zona Sul já foram privilegiadas com segurança + sistema de transporte funcional + PRAIA, e seria muita sacanagem se eles se vangloriassem disso. Rs Mas sabe que uma mãe de uma amiga tá passando exatamente por esse choque cultural? Depois de morar em Laranjeiras por séculos, a mulher está cortando um dobrado para se adaptar ao Recreio.

@Alexandre: Total urbano também. Odeio Fazenda, odeio Campo, odeio Pracinha de Interior, odeio Lanchonete-Point-de-Pracinha do Interior.

@Gui: Ah, os melhores “São Cosme e Damião” que eu tive foram exatamente em Jacarepaguá. :) Sabe aquele condomínio gigante atrás da Merck? Paraíso para pirralho pegando doces nesses dias.

@dudufs: Merci!

@Beto: Beto, realmente nem consigo imaginar como deve ter sido bom crescer na ZS nas décadas anteriores a decadência dos anos 80. Mas apesar de tudo, sabe que ainda consigo sentir uma diferença marcante entre o pessoal da minha geração que cresceu na ZS e os que cresceram na Barra/São Conrado? Apesar de serem duas “bolhas”, o pessoal que cresceu na ZS tem um pouco mais de “noção do mundo real” do que o povo da Barra. Talvez porque, por mais rico que você possa ser, morar no eixo Leblon-Leme exige caminhar na rua, ir comprar pão na padaria a pé, ver o mundo um pouco mais real. O povo da Barra simplesmente não tem essa vivência. É realmente uma vida claustrofóbica, protegida, sem contato com o mundo real.

E sobre o seu chutômetro, eu acho que ele tem razões mais locais do que macroeconômicas, Beto. A ZS iria passar por um processo de elitização e de especulação imobiliária, independente de qual fosse a forma como o Brasil se desenvolvesse. Essas memórias sobre as quais eu falei (e sobre as quais você se identifica) são working class por essência, e a ZS vai gradualmente perder isso por questões de evolução urbana.

@Bright: Campo Grande fica longe, MUITO longe. :D E obrigado pelo elogio.

@Diego: Obrigado!

@Nicholas: Sempre que me perguntavam “De onde você é?” e eu respondia “Campo Grande” e me devolviam “Mato Grosso do Sul”, eu respondia “Ah, claro! Sou de uma colônia de surfistas cariocas que foram deportados da Barra e resolveram criar gado no Mato Grosso do Sul, por isso esse sotaque!”.

É verdade a lenda de que faz tanto calor em MS no verão que o asfalto queima se pisar nele descalço? :)

@Lolla: Baixada e Far West Zone tem TUDO em comum, honey. :) Afinal, Caxias, Nueva Iguazu e Nilópolis ficam BEM mais perto do que a ZS da gente. Gente, quantas vezes fui a Vilar dos Teles quando era pequeno comprar moletom (!!!) quando o inverno chegava. :)
E pode autoplugar-se sim, o seu blog é ótimo e eu já tinha lido o post. ;)

Cassius disse...

Tbm gosto de morar em Campo Grande! achoq ue vou sentir a mesma coisa quando eu sair de Campo Grande. Mas se por ventura eu arranjar um emprego que seja perto de CG, eu ficaria muito feliz de aceitá-lo.

adorei, só quem viveu em cg saberia descrevê-lo dessa forma.

"que bom que seja assim"2

Anônimo disse...

Leleco_RJ: Fernando, tiro o chapeu pra vc. Nunca li nada a respeito do suburbio que me remetesse tanto ao passado, um passado que deixou muitas saudades. Rapaz, vc daria um bom escritor. bjuuu ; )

railer disse...

lendo sua postagem me lembrei da minha infância no interior de minas. era por aí e sair daquela casa deu um aperto no peito...