(Gentilmente roubado, larapiado e chupinzinhado do Aqui só tem bafon)
A-M-E-I. Só que:
- Só SP? E Rio?!: Paulistanos, vocês tem SORTE: enquanto o conceito de ser VIP em SP consegue ser beeem flexível (empresário foda, arquiteto badalado, estilista/modelo de renome), no Rio ele pode se resumir a algo bem simples: fazer/ter feito algum trabalho ligado a Globo. QUALQUER TRABALHO. Um inferno: é um tal de ator B que fez participação no especial de Natal da Xuxa de 1997 entrando na frente da fila, amigo de BBB querendo entrar em boate com um entourage mínimo de 10 pessoas - já ouvi até ator se vendendo como a mais nova promessa do diretor/autor de novelas X para conseguir não pagar comanda. Qualquer acesso ao mundinho da Hollywood brasileira super vale. Mas atenção: tem que ser Globo. Ex-global na Record por mais de 2, 3 anos?`Grandes chances de te perguntarem porque você não tem feito mais novelas (enquanto você está no ar na novela do horário nobre da Record).
Sistema brasileiro x Sistema Norte-Europeu: Difícil saber qual o sistema é melhor. Aqui, você se veste, parte para uma boate e se prepara para #1 pagar uma fortuna por qualquer ingresso a qualquer boate (meu maior choque foi perceber como sair no Brasil é CARO – algumas vezes mais caro do que na Alemanha) #2 mofar na fila, porque 257 VIP's (com os seus respectivos entourages) vão entrar na sua frente justamente quando você já estiver bem pertinho da entrada. Mas pelo menos você entra: na Europa você se veste, parte para a boate e não tem a mínima ideia se você vai entrar ou não. O door control é violento: tá com um cinto/brinco/relógio que destoa do que o door control acha deve ser o estilo da boate naquela noite? Não entra. Simples assim. Na Suécia era ainda mais cruel: vi empresário americano (de tenis, camisa social para fora e baggy jeans – CLARO) falando que era amigo de pessoa X, makes US$X.000.000 a year, implorando para entrar em um clube (no qual eu já estava dentro), enquanto a door olhava para o horizonte, só repetia “Sorry. We are crowded. e deixava passar outros suecos mais bem vestidos e de acordo com o que ela achava ser a boate naquela noite. A selecao VIP x Not VIP acontecia já dentro da boate: todo mundo tinha que passar pela mesma fila para entrar no lugar. Por um lado bom, por um lado ruim: lá, em tese, todo mundo igual em direitos de entrar no lugar, MAS nada me tira da cabeça que o povo nao-lourinho/nao-europeu seja barrado com mais frequencia nesses lugares. Aqui, entra quem pode pagar (e tem paciência para esperar na fila)... mas de alguma forma isso não seria fazer a mesmíssima coisa usando o fator preço (“Voce simplesmente não pode pagar! Vai pro 1140, vai pao-com-ovo!”)?
4 comentários:
Acho que é a boa e velha lei da oferta e da procura levada além da bilheteria, né? (tenho medo de falar besteira perto de você).
Lá o povo tem mais $$$ sobrando pra gastar em lazer do que aqui, a procura é maior e eles podem se dar ao luxo de barrar com base em modismos.
Aqui o desespero pra encher a casa fala mais alto. Pagou, entrou. Mas isso em 99% das vezes acaba custando uma vida curta ao clube que nem sempre consegue "selecionar" o público desejado.
Na Europa pode se ter mais dinheiro pra lazer, mas os brasileiros ultimamente nao tem do que reclamar. Pelo menos eh o que eu ouco dai. Baladas lotadas, horrores de gente saindo todo findi (ate dia de semana). Enfim...eh o milagre economico do Lula. (not!)
@Dan:
#1 Querido, se Miriam Leitao (que fala as maiores MERDAS sobre economia no mundo) ganha a vida falando sobre economia, porque eu iria te gongar porque você errou num conceito econômico (que você nao tem obrigacao nenhuma de saber)? :) Relax, baby...
#2 Eu concordo +- com o seu argumento. Sendo um economista chatinho, o problema é ele nao leva a questao da renda: alta desigualdade social = imperfeicoes no funcionamento perfeito da teoria "procura=oferta". O povo na Europa, por ter uma renda maior, deveria uma elasticidade-preco (sensibilidade em relacao a mudancas no preco)bem menor do que a do Brasil. O que acontece? Sociedade com violenta desigualdade, essa elasticidade vai muito de grupo social para grupo social.
Em outras palavras: no Brasil tem um grupo de pessoas que se destaca violentamente da renda da "média", e por isso elas estao disposta a pagar precos absurdamente superiores ao resto do povao.
O meu questionamento é realmente sobre a questao da quantidade de lugares para sair: já perceberam que em cidades como Rio e SP, dá para contar nos dedos de uma mao só os lugares "saíveis"? Melhor nem partir para as capitais regionais/estaduais porque fora (e incluindo) Floripa, a situacao é crítica.
@whateever: Concordo. Latino pode ter $1000 ou $1 - nao importa, uma parte da graninha TEM que ir pro lazer. :)
Você mora onde?
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