Acabai de gastar uma grana boa com guias de viagem, e claro, bateu aquela culpa financeira. Afinal, guia de viagem é aquela coisa - se voce nao compra, voce fica perdido que nem um alce on pills na cidade, nao sabe o que ve, e ao final da viagem fica com aquela sensacao que nao viu nada (= yo em Berlim); se voce compra, pensa "Eu poderia ter planejado tudo isso no Wikitravel" e economizado uma boa grana. Afinal, eu sou estudante do terceiro mundo business class, mamae contribui desde que eu cheguei aqui com 0,00€ e euro é caro - e a H&M acaba sempre levando os poucos que eu ainda tenho.
Bem, quais os guias que eu comprei? Porque?
Paris Encounter, Lonely Planet
Por que Paris?
Porque essa cidade representa os meus maiores cliches, aspiracoes e desejos com relacao ao continente europeu. Porque eu estudei frances no Pedro II (adoraaaava as aulas de frances: enquanto os alunos previsíveis que escolheram espanhol e ingles ficavam nas aulas chatérrimas de gramática, a gente ficava numa sala separada vendo muito filme frances, muita música francesa - ahhhhh, Charles Aznavour... - e muita revista de moda francesa. Resultado? Turma de 14 pessoas, 7 garotos. Chuta quantos desses passaram para o lado de cá do arco-íris mágico do Pequeno Ponei? 6.). E porque Paris é Paris, e Paris vale a pena conhecer muito a fundo (O, e como... rs).
Por que "Encounter - Lonely Planet"?
Porque esse guia vai realmente a fundo na cidade, com atracoes separadas por bairros e interesses, e ainda conta com um muito útil mapa destacável. Porque os itinerários sugeridos sao maravilhosos, e economizam neuronios naquele momento-crise "O que eu deveria visitar agora?". E porque as dicas dadas pelo guia sao realmente incríveis (quando eu saberia que existe em Paris um servico chamado Paris Greeter, onde guias parasienses caminham com um grupo de 6 pessoas por um bairro ou regiao especifica que essa pessoa conhece a fundo, de graca?!).
Quanto?
€8.90, Thalia Buchhandlung
Europe Eyewitness Travel Guide, DK
Por que Europa?
Porque eu ainda tenho Frankfurt, Madrid, Roma, Pisa, Florenca, Viena, Praga, Budapeste, Cracóvia, Breslau e Zurique (ufa!) para visitar antes de voltar ao Brasil, e se eu for comprar um guia específico para cada uma dessas cidades eu terei que repensar a minha carreira profissional (=Brazilian job in Europe).
Por que "Eyewitness Travel Guide"?
Porque eu nao tenho grana para comprar um guia Encounters para cada uma dessas cidades (solucao: ir a livraria, papel e caneta na mao e escrever cada um dos itinerários que eles sugerem) e ao mesmo tempo nao quero ficar sem guia para essas cidades. Sim, eu conheco o Europe on a Shoestring da Lonely Planet, mas acho qualquer guia regional da Lonely Planet muito, muito ruim (textos demais, detalhes demais, informacoes boas de menos e eu nao quero saber agora o que se tem para fazer na Bielorússia e Macedonia). E porque eu acho que o Eyewitness Travel Guide vai ficar lindo na minha prateleira quando eu voltar ao Brasil (e quando eu nao tiver dinheiro para ir nem a Petropolis no final de semana poderei abri-lo e ver de novo todos os lugares que eu já conheci).
Quanto?
5 comentários:
Fernando,
Dicas que não vão estar no seus guias: Como em qualquer lugar da Europa, nem só de boa gastronomia vivemos. “Chez Mcdo” é providencial em todo o velho mundo, exceto em Paris! Substitua-o pelo “Pomme Du Pain”. Baguetes francesas ao estilo fast food e pelo mesmo preço do restaurante do Ronald. Tem um montão em tudo o que é esquina de Paris e você não vai se arrepender.
Os museus estão repletos de chineses. Quando cansar deles (dos chineses, é claro), vá ao L’Orangerie. Ele não consta em todos os guias e está quase sempre vazio. Independente de você ser misantropo ou não, esse museu deve ser visitado. É o mais lindo na minha opinião. As Nymphéas são de tirar o fôlego mesmo.
Lá pelo sexto dia, quando os museus já tiverem detonado com seus joelhos, pega o metrô, desça na estação “Les Halles” e procure a FNAC... Deita lá e fica lendo todas as Bandes-desinées em tudo o que é língua. Dessa forma você recupera seus joelhos para uma baladinha na Les Bains douches à noite. Todo mundo reclama, todo mundo fala mal, mas é para lá que todas as “Bunitas” (e, é verdade, elas não fazem carão para nós brasileiros) vão ferver. Nem precisa dizer que sem sapato de couro você é barrado sutilmente pela Door Police, né?
Rodrigo,
MUITO obrigado mesmo pelas dicas. Tudo anotado, e irei segui-las, pode deixar! :D
Como eu escrevi num dos posts, adoro bom&barato locais, entao a dica da baguete será seguramente seguida.
Chineses, odeio chineses. Em Londres eles estavam por todos os lados. Eu era tao escroto com eles "Can you get out of my picture, please? Ni hao!".
Adoro bandes-desinees! ;) Cresci lendo Tintin (que sim, eu sei que é belga!).
E sobre o sapato de couro, isso é mesmo uma coisa que eu aprendi aqui na Europa. Minha amiga sueca brinca que é a vinganca feminina - elas nos saltoes, entao a gente nos sapatos desconfortáveis. :D
Adorei a metáfora espirituosa do mundo mágico do Pequeno Pônei.....:)
"o lado de cá do arco-íris mágico do pequeno pônei" é a expressão do ano!!!!
@DonDiego e Will: Thanks. Houaiss ano que vem, tá? :D
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