Friday and Saturday, all the ways lead to Reeperbahn
Sinceramente acredito que Einstein elaborou a maior parte da teoria da relatividade dele numa sexta-feira de tarde, durante uma chatíssima aula de Física XII. Porra, que horário da semana mais difícil de passar, carajos!
Anyway, em exatamente 12 horas estarei eu na Reeperbahn, enfiado dentro de um casacao de inverno tentando nao congelar nesse outono agradabilissimo (para Iakutsk), com um copo de alguma coisa + vodka de altíssima qualidade (e duvidosa origem) na mao, fazendo o meu tour de whore pelos clubes da famosa Reeperbahn. Todo final de semana, a mesmíssima coisa, mas... para que mudar, néam? Sempre é divertido para caralho! :)
Roteiro básico de uma noite de estudante de Erasmus:
Parte I - Festa por algum motivo absolutamente aleatório
Mae, mas eu estudei TAAANTO na Europa...
Vale qualquer motivo: aniversário de alguém do grupo, aniversário da nossa chegada em Hamburgo, comemoracao do dia da independencia da Finlandia... mas sexta-feira tem que ter jantar com comida exótica + festa regada a muita Gorbatschow (versao local da famosa vodka Natasha, amicíssima dos estudantes de federais cariocas) + povo dancando como um maluco em alguma das residencias estudantis!
E o bom de ter amigos americanos (apesar das pérolas tipo "Onde fica a Finlandia?" e "Eu pensei que Bangladesh era uma cidade na Índia") é que eles sao world champion nesse quesito: eles sabem organizar house parties como ninguém no mundo. Que porra estamos fazendo na foto acima? Jogando o famoso beer pong. O que é isso? Descricao no link do wikipedia que eu coloquei aí. Os efeitos disso? Bem, prefiro nao comentar...
Parte II - Reeperbahn
Rua Augusta de Hamburgo: cheio de menina virtuosa...
Lá para uma e meia da manha, quando o apartamento do anfritiao já está parcialmente destruído, envolto em uma neblina espessa de fumaca de cigarro, e todos os sofás absolutamente encharcados de drinks derramados (liga nao: os móveis de residencia estudantil aqui na Alemanha parecem ter sido feitos a prova de estudante muito louco. Passa um Veja que amanha tá tudo bem), alguém solta o "E ae, vamos para a Reeper?!". E pronto: uma cambada de estudantes pegando os casacoes pesados (a gente é solidário: quem nao consegue se vestir, a gente ajuda - solidariedade sempre, né?) e partindo para o U-Bahn mais próximo.
No caminho, claro que os meus amigos heteros sempre zoam com os alemaes AINDA mais bebados (imagina um visigodo de 2m de altura, encharcado de cerveja de má qualidade, berrando rouco em alemao? Esse é o pessoal com quem a gente cruza no metro). E todos esses gambás totalmente encachacados confluem para a Reeperbahn, o distrito dos clubes noturnos de Hamburgo!
Reeperbahn tem uma loooonga história de prostituicao, bebida e muita diversao: é a antiga zona de diversao do porto de Hamburgo, onde os marinheirinhos iam se satisfazer depois de meses no mar. Aliás, foi aqui que os Beatles ficaram na primeira saída como grupo deles de Liverpool! Hoje em dia, quem invade lá mesmo sao os turistas e estudantes de Hamburgo, em busca dos mais variados tipos de diversao. É o lugar mais eclético da cidade mauricinha, onde o povo mais working class se junta com os playboys motoristas de Mercedes/BMW para se divertir, enquanto as prostitutas agarram voce pela gola oferecendo programa (sim, isso acontece, e nao adianta falar que voce é gay, porque elas respondem "Ok, PROVE IT!"). Melhor vibe ever!
(E o melhor, suuuuper gay friendly. Alemao reage ultra bem a cantadas - mesmo sendo ele hetero, gay, bi ou nao muito seguro do que ele quer... hehehe).
E na Reeperbahn existe um mundo de bares e boates legais, todas com uma ótima selecao de música e bebidas. Nomes?
Moondoo/136° : a minha favorita de Hamburgo (a da doorwoman/man brasileira). No andar de cima, a Moondoo - boate dos descolados e in de Hamburgo, maior juncao de gente bonita da cidade afim de bater cabelo e badalar até cair. No andar de baixo, a 136°, um clube gay bem legal no qual as bees da cidade sempre acabam a noite. Ou seja: na hora que encher o saco das bees, dá para escapar para cima e ir badalar com as bees que tiveram a mesma idéia que voce! heheeh Ah, e segundo o site, um dos DJ's que tocam na casa todo sábado, chamado Micky Friedmann, é também residente da The Week de Sao Paulo.
Halo: club hetero mais fodástico da Größe Freiheit (a rua das ruas da Reeperbahn, que está na foto do início dessa parte do post). Benny Benassi, Fedde le Grand e outros everbody knows tocam sempre na casa. Muito legal com um bom grupo de amigos, mas sinto uma vibe de Baronetti demais.
Thomas Read: um grande bar com boate com temática irlandesa. Parece meio cópia de trocentos Shenanigan's e Lord Jim's da vida, nao é? Pois bem, é bem melhor. Cerveja irlandesa da melhor qualidade, com uma música muito maneira e um pessoal menos play do que na Halo, mas menos carao do que na Moondoo.
E para terminar, tinha que postar os hits locais das nights alemas (porque "I gotta a feeling" e "Sexy Chick" deve tocar até em cerimonia de circuncisao feminina em Timbuktu). Afinal, essas serao as músicas que eu nao vou escutar de novo quando voltar ao Brasil... e que sempre vai bater uma mega saudade daqui:
- Deichkind - Krawall und Remmidemmi
Deichkind é de Hamburgo (como TODO hamburgues me fala com muitíssimo orgulhoso, algo na vibe "Viu só? Nao é só Berlim que tem música legal!"), e Krawall und Remmidemmi é hit absoluto nas festinhas daqui. Nunca entendi a letra direito (to sem saco de procurar também... heheeh), mas o refrao cola na cabeca que nem chiclete, e nem precisa falar alemao para berrar isso no nightclub.
- Frauenarzt und Manny Marc - Das Geht Ab
(Bom finde para todo mundo aeeeeee!)
2 comentários:
Residente é forçação de barra. Ele tocou UMA vez na TWSP como convidado. Dizem que ele atraiu mais gente pelo corpo sarado do que pelo set em si. Eu nem ligo... Se não me engano, ele fez um ensaio sensual pra G ou alguma outra revista na TW também.
@Daniel: Cara, quando eu li essa informacao no flyer da 136° eu fiz também uma cara de "Como assim?"- afinal, vamos combinar que um DJ vir de SP para Hamburgo uma vez por mes é meio surreal. Mas como o outro DJ vem de NYC quase 2 vezes por mes, eu até achei que poderia rolar.
É dear, a TW tá foda aqui nas Zoropa: em Lisboa, na noite em que fui, as bees foram todas para uma festa da TW na cidade. 60€ a entrada - uma fortuna em padroes europeus, e mesmo assim lotou.
E eu já vi o tal do Friedmann na 136° e nao achei nada que uns gostosos de Ipanema nao batessem... (Recalque é fueda...)
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